sábado, 30 de janeiro de 2010

CONSTANTE H: PONTO DE PARTIDA E CHEGADA DE TODA PESQUISA INERENTE AO HUMANO

De 4 a 8 de agosto de 1988, Roma hospedou o Congresso Internacional de Ontopsicologia. Organizado pela Associação Internacional de Ontopsicologia desde 1973, este importante evento científico completava seus 15 anos e chegava à sua 12ª edição. Pesquisadores, profissionais liberais, estudantes e representantes das maiores organizações de psicologia do mundo reuniram-se na capital italiana para discutir o tema “emoção e atividade psíquica”.

Entre os presentes, destacaram-se a Dra. Selma Sapir (EUA, representante oficial da ONU), a Prof.a Florence Denmark (EUA, ex-presidente da APA, sócia fundadora do ICP, coordenadora da seção de psicologia da mulher da APA), o Dr. Carlos Acosta Nodal (diretor do Hospital Psiquiátrico Calixto Garcia de La Habana, responsável pela pesquisa em psicoterapia de Cuba), H. Kavanagh (EUA), Acad. Prof. Alexej Matiuskin (diretor do Instituto Psicopedagógico da Academia Soviética das Ciências e Presidente da Associação Psicológica da URSS), Prof. Hugo Bellido Moscoso (Decano da Faculdade de Psicologia da Universidade San Martin de Porres de Lima, Peru), Exmo Sr. Gerardo Gaibisso (membro do Parlamento Europeu, representando o Presidente Lord Plumb), F. Cuttitta (EUA).


Foi nessa atmosfera de estímulo ao desenvolvimento científico da psicologia que pela primeira vez em nível oficial o Prof. Antonio Meneghetti expôs o conceito da “constante H”, definindo-a como o “critério objetivo da funcionalidade humana e dos valores referentes a ela. O valor prioritário elementar deduzido da intrínseca forma que individua e especifica o humano enquanto tal e o distingue de todas as outras formas e modos do existir”.


Colocado esse critério, delineia-se portanto uma nova objetividade, não mais baseada em princípios apodícticos e dogmas fixos, externos ao objeto de pesquisa que é o homem. Em uma entrevista ao final do congresso, questionado sobre esse novo conceito apresentado, o Prof. Meneghetti respondeu: “No âmbito da Ontopsicologia, em toda a sua investigação e em toda a sua metódica, pontualizou-se um critério discriminante. A constante H, definida em termos compreensíveis, é uma forma que especifica a existência do humano no interior do universo. Nós somos humanos porque correspondemos a uma forma bem precisa, intencionada pelo ser neste planeta”.

Do latim homo ou humanitas, a Ontopsicologia descreve a constante H como o modo de inteligência do gênero humano. No Dicionário de Ontopsicologia, o Prof. Meneghetti escreve que “a constante H é importante e insubstituível para tudo o que se refere à circunspeção da ciência psicológica; é o aspecto que diferencia, especifica e distingue qualquer pesquisa inerente ao humano, portanto é o ponto de chegada que se torna, porém, o ponto de partida”.


Para maiores informações sobre o XII Congresso Internacional de Ontopsicologia, indica-se o texto Congresso sui processi psichici publicado no livro de Antonio Meneghetti Psicoterapia e Società. Roma: Ontopsicologica Ed., 1989. pp. 243-248.

Leia depoimentos de participantes do
XII Congresso Internacional de Ontopsicologia.

Para aprofundamentos sobre o tema da constante H, consultar o texto
Em Si ôntico e constante H, presente no livro Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2004. pp. 45-57.

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